Os policiais civis presos nesta segunda-feira no Rio lucravam até R$ 700 mil por mês com a clonagem de cartão, afirma a polícia. Dois policiais civis e um bombeiro foram presos sob suspeita de estelionato.
Além deles, outro policial civil --que por ser candidato a deputado estadual não pôde ser preso-- foi detido.
Segundo o delegado corregedor Felipe Bittencourt, o lucro da quadrilha a qual os quatro são suspeitos de pertencer variava de R$ 500 mil a R$ 700 mil ao mês. Eles também são suspeitos de passar informações sigilosas a traficantes do Morro do Alemão, na zona norte.
As prisões ocorreram dentro de uma operação chamada Traidor, coordenada pela corregedoria da Polícia Civil juntamente com o Core (Coordenadoria de Recursos Especiais). Segundo a polícia, há suspeitas de envolvimento de outros três policiais civis, além de dois policiais militares.
Segundo a polícia, imagens de câmeras de vigilância mostram que os suspeitos instalavam uma máquina conhecida como chupa-cabra nos caixas eletrônicos --para armazenar os dados do cartão-- e uma microcâmera que registrava a senha do cliente.
Além disso, escutas telefônicas comprovariam a relação dos policiais civis com traficantes. Em uma delas, de acordo com a polícia, é possível identificar um policial dizendo que foi buscar pessoalmente a mulher de um traficante no Morro do Alemão e levá-la a um lugar seguro.
A polícia afirmou que a quadrilha agia na Baixada Fluminense, Niterói, São Gonçalo, Cabo Frio e Búzios.
Fonte:Folha
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