O Papa admite uso da camisinha, pela primeira vez

O uso de camisinha para impedir que a Aids se espalhe pode ser justificado em certos casos limitados, disse o Papa Bento XVI no livro "A luz do mundo. O papa, a Igreja e os sinais do tempo

Uma conversa com o santo Padre Bento XVI", do escritor alemão Peter Seewald, que reune várias entrevistas o Pontífice e será lançado nas livrarias no dia 23.

Em trechos publicados no jornal do Vaticano L'Osservatore Romano neste sábado, o Papa menciona o exemplo do uso de camisinha por prostitutas como "o primeiro passo para a moralização", mas diz que os preservativos "não são realmente a maneira de lidar com o mal da infecção por HIV".

Embora alguns líderes católicos também tenham falado sobre o uso limitado de camisinhas em casos específicos para impedir o contágio pela Aids, essa é a primeira vez que o Papa menciona a possibilidade.

O Papa também alerta para a banalização da sexualidade, na qual as pessoas não veem mais nela a expressão do amor, mas um tipo de droga, que se alimenta de si mesmo.

"Por isso mesmo a luta contra a banalização da sexualidade faz parte de um grande esforço para que ela seja valorizada positivamente e que possa exercitar seu efeito positivo sobre o ser humano na sua totalidade", diz em trecho da entrevista.

No livro de 284 páginas, dividido em três partes - "Os sinais do tempo", "O pontificado" e "Sobre aonde vamos" -, o papa Ratzinger também afirma que não foi pego "totalmente" de surpresa em relação ao escândalo de padres pedófilos, mas que a dimensão que o caso alcançou foi "um choque enorme".

Fonte:Cadaminuto

Nenhum comentário:

Postar um comentário