Os cursos a distância oferecidos pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), com sede no Rio Grande do Sul, sofrerão uma “drástica redução” no número de vagas em função de irregularidades verificadas na oferta em alguns polos. Uma reportagem vinculada no último domingo no programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou casos de alunos selecionados para receber uma bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni) em cursos a distância da Ulbra que não existiam. Segundo o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, a instituição já está sob supervisão...
Foram identificados cerca de 100 alunos em Água Branca (AL) que se inscreveram e foram selecionados para receber uma bolsa do Prouni em cursos a distância da instituição. Mas o polo de atendimento onde é feito o acompanhamento presencial dos estudantes, requisito para o funcionamento de um curso a distância, não existe.
O MEC afirma que a Ulbra assinou um termo para abrir o polo na cidade, determinando um número específico de vagas, com reserva de bolsas para o Prouni, e foi surpreendido com a notícia. Segundo Costa, o fato é “gravíssimo” e o MEC está discutindo com a instituição uma forma de realocar esse estudantes para que eles não sejam prejudicados.
Já a Ulbra informou em nota que “nunca manteve polo de educação a distância na cidade de Água Branca” e que as razões para o “equívoco” estão sendo apuradas em parceria com o MEC. A instituição alega que as vagas apareceram no sistema de inscrições do Prouni indevidamente. A Ulbra tem hoje 84 mil alunos matriculados em cursos a distância.
Desde 2009, a Ulbra enfrenta uma crise financeira e administrativa que levou a uma troca de comando da instituição. Este ano, ela perdeu a autonomia acadêmica, em função de consecutivos resultados insatisfatórios em avaliação do MEC.
Ex-reitor investigado
O ex-reitor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) Ruben Becker foi indiciado pela Polícia Federal no último dia 18 de abril, acusado por desvios milionários na instituição. Ruben Eugen Becker já havia sido indiciado em maio do ano passado, no contexto das investigações da Polícia Federal. O ex-reitor, que renunciou ao cargo em abril de 2009, é apontado como um dos líderes de uma quadrilha que desviou quase R$ 60 milhões da instituição.
Segundo a Polícia Federal, o esquema de desvio era feito através da criação de empresas fantasmas que recebiam por consultorias nunca realizadas. A Justiça Federal chegou a penhorar bens do ex-reitor, como apartamentos de luxo e sua coleção de automóveis antigos.
Atualmente, a universidade tenta se recuperar do rombo causado pela gestão de Ruben Becker, que deixou uma dívida com a União estimada em R$ 2 bilhões.
Fonte:IG
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