Para a Polícia Alagoana a prisão, durante as primeiras horas de hoje, da prefeita de Anadia, Sânia Tereza, do seu esposo, Alessander Ferreira Leal...
e do policial militar Claudio Magalhães da Silva, primo e segurança da prefeita, elucidam o assassinato do vereador Luiz Ferreira, morto no último dia 03 de setembro, na divisa entre Maribondo e Anadia.
A Delegacia Geral da Policia Civil, deflagrou na madrugada desta segunda-feira (12), a Operação de Forca-tarefa na cidade de Anadia, com determinação judicial da Presidência do Tribunal de Justiça, proferida pelo Desembargador Sebastião Costa Filho, com apoio da Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Publico de Alagoas, na pessoa do Procurador Eduardo Tavares Mendes e, com determinação judicial da 17a Vara Criminal, expedida pelos juízes Mauricio Breda, Sandro Augusto e Lorena Sotto-Maior, contando ainda, com atuação dos promotores do GECOC - Cyro Blatter e Luiz Vasconcellos.
Sânia e Alessander teriam arquitetado o assassinato do vereador após ele ter anunciado que não faria mais parte da base política da prefeita. O Cadaminuto adiantou com exclusividade que uma votação que cassaria a prefeita só não aconteceu porque houve um corte de energia elétrica na Câmara Municipal e o voto de Ferreira seria favorável à abertura do inquérito contra a prefeita.
Cerca de 100 homens da Polícia Civil e Militar estiveram na cidade de Anadia durante as primeiras horas de hoje. A população foi às ruas e comemorou a prisão da prefeita, aplaudindo os policiais que efetuaram as prisões.
De acordo com informações da Polícia, que o Cadaminuto não divulgou visando não atrapalhar as investigações, um telefonema do esposo da prefeita ameaçando o vereador teria sido o ponto de partida da investigação.
No telefonema o esposo da prefeita começa dizendo que o vereador perderia todos os cargos da administração e logo depois, ele acabou dizendo que “a vida dele poderia estar em risco”.
Ainda de acordo com as investigações da Polícia, uma pessoa conhecida de Luiz Ferreira teria dado sinal para que ele parrasse o carro no acostamento e ao fazê-lo, o policial militar Claudio Magalhães teria chegado e desferido os tiros.
Operação
Segundo um dos delegados da PC, considerando os elementos demonstrados na representação, a medida autorizativa foi dada pela Presidência do Tribunal de Justiça. Assim, foi deferida a Prisão Temporária da Chefe do Poder Executivo Municipal por 30 dias e, Busca e Apreensão Domiciliar em cinco locais, inclusive na residência da própria prefeita, e ainda na sede da Prefeitura Municipal de Anadia, diante da necessidade de apuração de supostos ilícitos perpetrados em face do erário municipal, além do crime contra vida, tudo após manifestação favorável da Procuradoria Geral de Justiça.
Por determinação do Delegado Geral da Policia Civil, conforme prevê a Lei, as investigações correrão em segredo de justiça, sem revelação das provas já colhidas até o término das investigações policiais, instrução processual e esclarecimento de todos os fatos, com encaminhamento de todas as peças informativas ao Ministério Publico e ao Poder Judiciário.
“Por determinação do governador do Estado, tais medidas cautelares ora tomadas, por esforços comuns do Poder Judiciário, Ministério Publico e Poder Executivo, servirão de caráter pedagógico-preventivo sempre que qualquer pessoa ouse atacar a estabilidade das instituições democráticas de lidima representação popular e ordem do Estado, nesse caso em especial, da vereança local e poder executivo municipal, em detrimento da comunidade do Município de Anadia”, afirmou o Delegado Geral Marcílio Barenco.
Para o cumprimento das medidas cautelares, participam diretamente da Operação Policial o Delegado-Geral Adjunto da Polícia Civil, Mario Jorge Marinho, os Diretores da DEIC, Delegado Paulo Cerqueira; da DPJA1, Delegado Kelmann Vieira; DPJA2, Delegado Mauricio Henrique Duarte, a Delegada da SERB, Ana Luiza Nogueira; o Delegado da Antissequestro Francisco Amorim, o Delegado Marcos Lins, da DRFVC, e mais 50 policiais civis.
Fonte:Cadaminuto
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