Um dos temas que mais preocuparam a presidenta Dilma Rousseff nas eleições de 2010, a descriminalização do aborto encontra resistência no Parlamento, espelho da sociedade brasileira
De um universo de 414 deputados (81% dos 513 que comporão a nova legislatura – 2011/2015), apenas 78 se disseram a favor da prática, enquadrada em parâmetros legais, e 267 se opuseram.
Ou seja, o grupo do contra excede em mais de três vezes quem quer o abrandamento da lei, que proíbe o aborto no país, salvo raras exceções. Como se vê, é difícil na Câmara a aprovação de um projeto nesse sentido.
Os números fazem parte de um levantamento feito pelo portal de notícias G1, que procurou os 513 deputados eleitos (ou suplentes que exercerão o mandato em um primeiro momento) em um trabalho que reuniu 27 jornalistas de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Outros 12 temas foram reunidos em um questionário elaborado pelo veículo sobre temas variados, como plebiscito sobre redução da maioridade penal (233 a favor; 166 contra), liberação de bingos e caça-níqueis (119 a favor; 255 contra), fim do fator previdenciário (228 a favor; 116 contra) e descriminalização da maconha (63 a favor; 298 contra). Há projetos em tramitação na Casa a respeito da maioria dos temas.
Confira como se posicionaram os congressistas sobre os demais temas:
- piso salarial nacional para policiais e bombeiros (PEC 300 - leia tudo sobre) – 330 deputados a favor; 53 contra.
- criação da Contribuição Social para a Saúde (“nova CPMF”) – 142 a favor; 239 contra;
- punição para pais que batem nos filhos – 140 a favor; 207 contra;
- redistribuição dos royalties do pré-sal – 368 a favor; 28 contra;
- apenas dinheiro público em campanha eleitoral – 323 a favor; 61 contra;
- voto em lista fechada em eleições proporcionais - 175 a favor; 181 contra;
- jornada de 40 horas semanais de trabalho – 229 a favor; 116 contra;
- fim de assinatura básica de telefone – 338 a favor; 30 contra.
Fonte:Cadaminuto
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