em mais quatro municípios atingidos pelas enchentes de 2010: Quebrangulo, Capela, Cajueiro e União dos Palmares. Os trabalhos foram concluídos pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgãos vinculados à Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra).
Somente os trabalhos realizados pela Casal restabelecem o abastecimento de água para mais de 50 mil pessoas. Quebrangulo, Capela e Cajueiro, cidades das zonas da Mata e Serrana de Alagoas devastadas em 2010 pelas enchentes do rio Paraíba, estão, agora, com suas estruturas de abastecimento de água restituídas.
O secretário da Infraestrutura, Marco Fireman, ressalta que os esforços do governo estadual já permitiram a conclusão de mais de 60% dos projetos de reconstrução em Alagoas.
“A reconstrução das cidades atingidas pelas enchentes continua sendo uma das nossas prioridades, exigindo trabalhos diuturnos para finalizar completamente o programa. Estamos cumprindo o compromisso que firmamos com as famílias atingidas pela tragédia”, diz Fireman.
Abastecimento de água
No caso de Quebrangulo, a estrutura da Casal refere-se à travessia por onde passa a tubulação das adutoras Carangueja e Helenildo Ribeiro (Caçamba), que abastecem Palmeira dos Índios. Foi reconstruída uma ponte metálica com 100 metros de extensão e 400 milímetros de diâmetro para suportar os trechos das adutoras. Na construção da ponte de apoio, com estrutura em ferro apoiada por quatro blocos de ancoragem de concreto armado, foram investidos R$ 1,5 milhão.
Em Cajueiro, a companhia ergueu uma travessia de 90 metros de extensão no rio Paraíba. A estrutura é formada por colunas de concreto e metal, por onde passam os tubos de aço de 250 milímetros de diâmetro. Além dessa obra, foram implantados 1.000 metros de redes de distribuição de água. O investimento foi de R$ 390 mil.
A travessia de Capela possui extensão de 90 metros e é dotada de cinco colunas de concreto e estrutura metálica, que apoiam a tubulação de água com diâmetro de 200 milímetros. Também foi construída uma adutora de 200 milímetros de diâmetro e 600 metros de extensão para reforçar a estrutura de abastecimento, eliminando os pontos de vulnerabilidade. Nessas obras foram investidos R$ 700 mil.
Rodovia e acessos
Já o DER finalizou mais três obras do Programa da Reconstrução, desta vez em União dos Palmares. Foram concluídos dois acessos, um no povoado Várzea Grande e outro na comunidade quilombola, além de um trecho da AL 205, na Rua da Ponte/Taquari.
As obras normalizaram a situação viária do município, que havia sido prejudicada após as enchentes de 2010. Para o agricultor Alex Santana, 26, a recuperação do acesso à comunidade quilombola representa tranqüilidade para trabalhar no sítio de sua mãe que fica na comunidade. “Com as enchentes, chegar até o sítio era muito difícil. Hoje está tudo normalizado e eu pude retomar meu trabalho”, afirma Santana.
A dona de casa Maria Monteiro, 48, afirma que após as enchentes, o povoado de Várzea Grande ficou quase inacessível. “Moro há 31 anos aqui, e as enchentes do ano passado destruíram grande parte do caminho para este povoado. Só com a reconstrução da estrada os carros voltaram a passar por aqui”, diz a dona de casa.
O presidente do DER, Marcos Vital, destaca a relevância das obras da Reconstrução não só para as comunidades atingidas, mas para quem precisa ter acesso a elas. “Centenas de pessoas visitam a comunidade quilombola todos os anos, principalmente durante os festejos da Consciência Negra. Um acesso como este é muito importante para o município de União dos Palmares e todos os alagoanos”, ressalta.
Pontes e vias urbanas
O governo de Alagoas já concluiu mais de 65 obras do Programa da Reconstrução em todo o Estado. Em Quebrangulo, o DER reconstruiu também um importante acesso destruído pelas enchentes de 2010. O município recebeu 3 Km de asfalto recuperado em importante trecho da AL 210, que liga a cidade a BR 316.
Em Rio Largo, um dos municípios mais destruídos pelas águas do Rio Mundaú, pontes, vias urbanas e um muro de contenção também já foram entregues à população. A reconstrução completa da ponte do Riachão, cujos 200 metros de extensão foram destruídos pelas enchentes, já foi concluída. A ponte é considerada uma das mais importantes da região, pois viabiliza o acesso dos moradores de Rio Largo à rodovia AL-210, uma das saídas do município.
Outra obra concluída no município foi a reconstrução da superestrutura da ponte de acesso à Ilha Angelita, também sobre o Rio Mundaú. O trabalho representou o recomeço da vida dos moradores da região. Ainda em Rio Largo, o governo estadual também recuperou o muro de contenção do Rio Mundaú, que desabou após as fortes chuvas de junho de 2010. A reconstrução dos 200 metros de extensão do muro foi fundamental para a segurança da população do município, pois a estrutura tem por objetivo evitar que as águas do Rio transbordem para vias e casas.
Além disso, também foram recuperados no município mais de 770 metros da avenida Judith Paiva. Com isso, os moradores puderam retomar a acessibilidade, retornando normalmente às atividades diárias. Diversas ruas no Centro de Rio Largo também já foram reconstruídas e entregues à população.
Acessibilidade
Já em Satuba, a população comemora a restauração de acessos entre o Centro do município e as comunidades de Siri, Santa Apolônia, Nova Esperança e Mundaú. Ao todo, cerca de 4,5 km de estrada em revestimento primário foram recuperados, devolvendo as condições de acessibilidade aos moradores dos quatro povoados, garantindo a locomoção até escolas, postos de saúde e mercados no Centro da cidade.
Moradores de Paulo Jacinto, Cajueiro e Atalaia também comemoram a reconstrução de importantes ruas nos municípios. A recuperação de acessos, vias urbanas, rodovias e pontes tem sido fundamental para que a população possa retomar suas atividades diárias.
A Seinfra e os órgãos vinculados continuam o trabalho de reconstrução nos 19 municípios alagoanos, nos Vales do Mundaú e do Paraíba, atingidos pelas enchentes. Para atender os desabrigados da tragédia, o governo do Estado também está investindo na reconstrução de 17,6 mil casas.
Assessoria de Comunicação da Seinfra-AL
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